ABSTRACT In the present article, we study neighborhood relations observed around the organization of common cooking pots in the human settlements of La Nueva Rinconada, in Lima (Peru), during the Covid-19 pandemic. Organized by neighborhood mothers, the common cooking pots constitute autonomous and community associations for cooking and feeding, which emerge with the purpose of sustaining neighborhood food in a context of socioeconomic inequality and precarious urban conditions. The women who dedicate time and work to the common cooking pots display in this situated knowledges arising from their position as women, mothers, and migrants (mostly of Quechua origin). Likewise, they display collective care practices that give rise to meaningful ties that are crucial for the organization of the common cooking pots. We also review the basic differences between common cooking pots and public dining rooms as experiences of female food agency exposing different degrees of linkage with the Peruvian State. Finally, we analyze the role of the Peruvian Nation-State in the reproduction of food inequality.
RESUMEN En este trabajo estudiamos las relaciones vecinales observadas en torno a la organización de las ollas comunes en los asentamientos humanos de La Nueva Rinconada (Lima, Perú), durante la pandemia de Covid-19. Organizadas por madres de familia vecinas, las ollas comunes constituyen núcleos de cocina y alimentación autónomos y comunitarios, que emergen con el propósito de sostener la alimentación vecinal en un contexto de desigualdad socioeconómica y condiciones de precariedad urbana. Las mujeres que dedican su tiempo y trabajo a las ollas comunes, despliegan en ellas conocimientos situados desde su posición como mujeres, madres y migrantes, en su mayoría de origen Quechua. Además, despliegan prácticas de cuidado colectivo que dan lugar a lazos significativos cruciales para la organización de las ollas comunes. Asimismo, revisamos las diferencias básicas entre ollas comunes y comedores populares en tanto experiencias de agencia femenina alimentaria, con distinto grado de articulación con el Estado peruano. Finalmente, enfocamos el rol del Estado-nación peruano en la reproducción de la desigualdad alimentaria.
RESUMO Neste trabalho estudamos as relações de vizinhança observadas em torno da organização das panelas comuns nos assentamentos humanos (bairro de baixa renta) de La Nueva Rinconada (Lima, Peru), durante a pandemia de Covid-19. Organizadas por mães de famílias vizinhas, as panelas comuns constituem núcleos de cozinha e alimentação autônomos e comunitários, que surgem para sustentar a alimentação dos vizinhos em um contexto de desigualdade socioeconômica e condições urbanas precárias. As mulheres que dedicam seu tempo e trabalho às panelas comuns colocam nelas conhecimentos situados a partir de sua condição de mulheres, mães e migrantes, em sua maioria de origem Quéchua. Da mesma forma, apresentam práticas coletivas de cuidado que dão origem a vínculos significativos que são fundamentais para a organização das panelas comuns. Além disso, revisamos as diferenças fundamentais entre panelas comuns e refeitórios populares como experiências de agenciamento alimentar feminino, com diferentes graus de articulação com o Estado-nação peruano. Por fim, enfocamos o papel do Estado peruano na reprodução da desigualdade alimentar.